segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Massacre em Gaza!



Perguntar não ofende:


1. Atentar contra a vida de uma população civil e inocente não é crime de guerra?

2. Ceifar mais de 760 vidas (30% crianças) não é crime contra a humanidade?

3. Promover ataques a indefesos não é terrorismo?

Não é necessário entender política internacional para ter a sensação de que a investida desproporcional do Estado de Israel contr
a a Palestina, entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009, foi uma ação bruta, criminosa e desumana.

A expressão "massacre", usada por muitos articulistas, não é uma mera questão de adequação vocabular, mas a visceral exposição semântica da crueldade de um povo sobre outro. Povo este que parece se esquecer de que, em um passado não muito distante, muitos dos seus foram vítimas de uma carnificina sem par na história contemporânea. Povo que parece querer esquecer o holocausto - de que fora vítima - perpetrando outro.


A insanidade de alguns líderes se aproxima da barbárie... Se não for a própria e viva encarnação do mal.

Seguem, abaixo, algumas imagens de do
r, lágrimas e desespero. As imagens denunciam o que ocorreu no ataque promovido pelo Estado de Israel contra a Palestina nos meses de dezembro/2008 e janeiro/2009.










Nunca é demais lembrar:

1. O Estado de Israel foi criado a partir da Resolução 181 da ONU em 29/11/1947.

2. O Estado de Israel ocupa 53% do território palestino.

3. Mais de 3.200 palestinos ficaram feridos no massacre.

4. Em  2012  o massacre continua!


A seguir um poema de Adalberto Monteiro sobre o massacre que Israel está praticando contra os palestinos. O poeta nos leva a refletir sobre qual posição tomar diante dos fatos.

Dê um grito contra a matança em Gaza!
Adalberto Monteiro*

Corre sangue no rio Jordão
E os sacrificados não são ovelhas,
Mas meninos e meninas
Que agora nos tanques
Já não poderão atirar pedras...

Já não há gaze para tantos
Feridos em Gaza.
Atacada por mar, ar e terra,
Gaza sangra, Gaza geme,
Cercada, mutilada, Gaza freme.
Gaza não é monte de argamassa,
Gaza é gente...

Mas, Gaza respira,
Gaza ama e resiste,
E lutará,
Até a última oliveira,
Até a última tamareira,
Até o último menino...

Ó povo judeu,
Que terrível crime comete
Vosso Estado!
A que estado caíste!
Vós, vítima dos guetos,
Vós, vítima do holocausto,
Vossos líderes
Tornaram-se de Hitler
Aprendizes.
Alguns já causam inveja ao mestre.

Ó povo judeu,
Liberta-te, pela memória
Dos teus,
Da vergonha de tua estrela
Adquirir a aparência
E a essência da suástica!

Como querer de um povo condenado ao gueto,
De um povo pelo inimigo dividido,
Reagir com a polidez dos diplomatas?
Ah!, amado povo palestino,
Por Arafat, por teus mártires,
Reconstrói tua unidade!

Que a bravura de Gaza,
Não nos acomode à poltrona,
Que a carnificina que a TV não mostra
Não seja apenas um filme que nos arranca lágrimas...
Olha para ti!
Acaso não és um romano
Sentando na torpe arquibancada
Vendo na arena
Os cristãos lutando contra os leões?

Faça alguma coisa por Gaza,
Mande uma carta ao teu político,
Meta a mão no bolso,
Sacuda os ombros de teu amigo,
Vá à tua janela e dê um grito,
Vá ao templo, corra à praça,
Mande um imeio, ou use outro meio,
Só não vale cruzar os braços
Ante essa matança, essa desgraça...


*Adalberto Monteiro, poeta e jornalista, é presidente da Fundação Maurício Grabois

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