quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Nao ao aumento dos deputados: 62% para o salário mínimo

A vida é dura para os trabalhadores que vivem de seus salários. Mas não para os deputados e senadores, que decidem quanto ganham.
Eles aumentaram seus salários em 62%, passando de R$ 16,5 mil para quase R$ 27 mil. Reajustaram também o salário da presidente Dilma Rousseff, em 132%.
Os parlamentares não têm de pagar transporte, pois têm carro com combustível e motorista e recebem passagens aéreas pagas com dinheiro público.
Muito diferente dos trabalhadores, que sofrem com ônibus e trens lotados, que aumentam de forma abusiva, como neste início de ano. Os deputados e senadores recebem mais R$ 3 mil de “auxílio-aluguel”, por fora do salário. Já os trabalhadores moram nas periferias e têm suas casas destruídas pelas enchentes.
Agora, os mesmos parlamentares e a presidente discutem um reajuste para o salário mínimo de apenas 6% ou 7%, de apenas R$ 30 ou R$ 35. Dizem que não há dinheiro, argumento que não se ouviu quando discutiam seus próprios salários.
Pela Constituição, lei maior do país, o salário mínimo deveria cobrir as necessidades básicas de uma família: alimentação, moradia, roupas, saúde e educação. Um instituto, o DIEESE, calcula todos os meses esse valor, que hoje está em torno de R$ 2.200, quatro vezes maior do que estão propondo. Os deputados dirão que é impossível fazer isso, porque as empresas não agüentariam. Não é verdade.
Só no primeiro governo Lula, as empresas cresceram seus lucros quatro vezes. Por que o salário mínimo não pode então aumentar quatro vezes? Por que o salário mínimo não pode aumentar ao menos 62%, o mesmo reajuste dos parlamentares?
Fonte: http://www.pstu.org.br

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