segunda-feira, 4 de outubro de 2010

EUA infectaram cidadãos da Guatemala com sífilis e gonorréia para estudo


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Opera Mundi - Médicos pesquisadores do governo dos Estados Unidos infectaram intencionalmente nos anos 1940 um grupo de cidadãos da Guatemala com gonorréia e sífilis para a realização de estudo sobre a eficácia de medicamentos.

A denúncia foi feita por Susan Reverby, pesquisadora do departamento de estudos de saúde da mulher da Faculdade Wellesley, estado de Massachusetts.
Hoje (1/10), a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e a secretária de Saúde Kathleen Sebelius, afirmaram que pedirão desculpas oficialmente em nome do governo dos EUA, informou reportagem da emissora norte-americana NBC News . O pedido de desculpas será feito aos guatemaltecos e aos imigrantes latinos residentes nos EUA.
Como parte do estudo, infectados guatemaltecos foram encorajados a transmitir a doença para outras pessoas, entre eles deficientes mentais. Estima-se que um terço dos infectados nunca teve tratamento adequado. Aparentemente, o experimento foi encerrado em 1948 e “nunca gerou informações úteis e registros foram apagados”, segundo Susan.
De acordo com site da NBC News, a pesquisadora detalhará o estudo em seu site ainda nesta sexta-feira.
A primeira discussão pública sobre o assunto será uma feita às 11h do horário local (12h de Brasília) entre Francis Collins, diretor do Instituto Nacional de Saúde e Arturo Valenzuela, subsecretário de Estado norte-americano para as Américas.

Reincidência
O episódio é semelhante ao experimento Estudo da Sífilis Não-Tratada de Tuskegee – feito pelo governo dos EUA em Tuskegee, Alabama, entre 1932 e 1972, no qual 399 sifilíticos afro-americanos pobres e analfabetos, e mais 201 indivíduos saudáveis para comparação, foram usados como cobaias na observação da progressão natural da sífilis sem medicamentos.
Um membro da equipe denunciou o caso à imprensa e, por conta da repercussão negativa, o estudo foi encerrado. Alguns descendentes de sobreviventes da experiência foram indenizados pelos governo dos EUA.

Fonte: Diário da Liberdade

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