segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Moradores do Jd. Lucélia/Vila Nascente/Vila Nova Grajaú são perseguidos e ameaçados pela Polícia Militar e pela Polícia Civil



Após protestos, moradores do Jd. Lucélia/Vila Nascente/Vila Nova Grajaú são perseguidos e ameaçados pela Polícia Militar e pela Polícia Civil
Eis aí, mais uma vez, o preço da ousadia. Cansados do descaso e da truculência do “poder público”, centenas de famílias do Jd. Lucélia/Vila Nascente/Vila Nova Grajaú se manifestaram em busca de uma solução digna para a situação de verdadeira calamidade que têm vivido, com suas casas inundadas em função de uma mal-feita e inacabada obra da Prefeitura. Não bastassem as violentas pressões para despejos e remoções absurdas, sem qualquer alternativa digna, que têm vitimado há meses milhares de famílias de toda a região. Não bastasse a violência das águas, potencializada por obras mais feitas e por possíveis ações deliberadas para afogar comunidades inteiras. No caso destas três comunidades agora, depois das mobilizações da última semana, a única resposta obtida do chamado "poder público" foi o aumento da repressão: durante os atos dos últimos dias, como foi amplamente noticiado, dezenas de policiais do Choque e da Tática já reprimiram violentamente os moradores desesperados e indignados.
Desde então, passado o maior desespero, ao invés da criação de alternativas concretas que amenizem o sofrimento das famílias, várias viaturas da Polícia Militar têm ficado 24 horas por dia nas principais entradas dessas comunidades, periodicamente adentrando as ruas e vielas para aterrorizar a população. Se isso não bastasse, muitos moradores estão sendo brutalmente agredidos e ameaçados pelos policiais, que buscam alguma espécie doentia de “vingança” principalmente contra aqueles que organizaram as mobilizações, mas também contra o conjunto dos moradores.
Em função disso, solicitamos às todas instituições e a todos militantes dos direitos humanos solidários à luta do povo da periferia que pressionem o “poder público”, particularmente a própria polícia, por meio da Ouvidoria da Polícia Militar, para que as perseguições e a “retaliação” sejam imediatamente bloqueadas. E solicitamos aos advogados e defensores públicos que nos ajudem caso se cumpram as ameaças de prisão ou outras até mais graves, feitas pelos agentes policiais.

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