sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Livrar o mundo da doença do pacifismo


Por por William Blum [*]
Imaginem a cena: o Afeganistão, dois camiões cisterna roubados cheios de combustível altamente inflamável, rodeados por uma multidão de afegãos desejosos de obter um bocado de graça… Qual seria a última coisa que pensaríamos fazer? Claro – deitar bombas para cima dos camiões. Pois foi o que um comandante militar alemão mandou fazer a um avião telecomandado americano no dia 4 de Setembro. Catapum!! Ficaram reduzidos a cinzas pelo menos 100 seres humanos. Este incidente gerou uma grande controvérsia na Alemanha, porque o Artigo 26 da Grundgesetz (Lei Fundamental/Constituição) da Alemanha do pós-guerra declara: "Actos que possam tender e sejam praticados com a intenção de perturbar as relações pacíficas entre nações, principalmente para preparar uma guerra de agressão, são declarados anticonstitucionais. Devem ser considerados criminosos".
Mas a NATO (também conhecida por Estados Unidos) pode congratular-se com o facto de que os alemães puseram o seu estúpido pacifismo de lado e agem como verdadeiros homens, treinados assassinos militares; embora antes deste incidente os alemães se tenham envolvido em combates aéreos e no terreno, nunca tinha havido um resultado de mortes de civis tão dramático e divulgado. A Deutschland tem actualmente mais de 4 000 soldados no Afeganistão, o terceiro maior contingente no país, a seguir aos EUA e à Grã-Bretanha, e lá em casa acabaram de erigir um monumento aos militares mortos da Bundeswehr (Forças Armadas Federais), fundada em 1955; 38 dos seus membros (até agora) perderam as suas jovens vidas no Afeganistão.
Em Janeiro de 2007 escrevi aqui que os EUA estavam a empurrar a Alemanha nessa direcção; que as circunstâncias na altura indicavam que Washington podia estar a perder a paciência com o ritmo da submissão da Alemanha às necessidades do império. A Alemanha recusava-se a enviar tropas para o Iraque e só enviara para o Afeganistão forças não combatentes, que não eram suficientemente boas para os guerreiros do Pentágono e seus aliados da NATO. A principal revista noticiosa da Alemanha, Der Spiegel, noticiava o seguinte: Numa reunião em Washington, funcionários da administração Bush, falando no contexto do Afeganistão, censuraram Karsten Voigt, representante do governo alemão para as relações germano-americanas: "Vocês concentram-se na reconstrução e na manutenção da paz, mas deixam connosco as coisas desagradáveis"… "Os alemães têm que aprender a matar". Um oficial britânico disse a um oficial alemão na sede da NATO: "Todos os fins-de-semana enviamos para casa dois caixões metálicos, enquanto vocês alemães distribuem lápis e cobertores de lã". Bruce George, chefe da Comissão Britânica de Defesa, disse "uns bebem chá e cerveja e os outros arriscam a vida".
Um colega da NATO do Canadá observou que já era tempo de "os alemães saírem das suas camaratas e aprenderem a matar os talibãs". E no Quebec, um funcionário canadiano disse a um funcionário alemão: "Nós temos mortos, vocês bebem cerveja". [1] Ironicamente, em muitos outros contextos desde o fim da II Guerra Mundial os alemães têm-se desligado da imagem de assassinos nazis e monstros. Quando chegará o dia em que "o Mundo Livre" troce dos talibãs e dos rebeldes iraquianos por eles viverem em paz? Os Estados Unidos também se envolveram num esforço que dura há décadas para desligar o Japão da sua constituição pacifista pós II Guerra Mundial e da sua política externa e para o fazer regressar ao caminho correcto de ser de novo uma potência militar, só que agindo desta vez em coordenação com as necessidades da política externa americana.
"Aspirando sinceramente a uma paz internacional baseada na justiça e na ordem, o povo japonês renuncia para sempre à guerra como um direito soberano da nação e à ameaça ou uso da força como meio de resolver conflitos internacionais. "A fim de cumprir o objectivo do parágrafo precedente, deixarão de existir forças terrestres, marítimas e aéreas, assim como qualquer outro potencial de guerra. Não será reconhecido o direito à beligerância do estado" – Artigo 9 da Constituição japonesa, 1947, palavras muito queridas de uma grande maioria do povo japonês.
No triunfalismo do fim da Segunda Guerra Mundial, a ocupação americana do Japão, dirigida pelo general Douglas MacArthur, desempenhou um importante papel na criação desta constituição. Mas, depois de os comunistas terem conquistado o poder na China, em 1949, os Estados Unidos optaram por um Japão forte bem assente no campo anticomunista. Desde então tem-se verificado sempre uma descida. Passo a passo… o próprio MacArthur ordenou a criação de uma "reserva policial nacional", que se tornou no embrião das futuras forças militares japonesas…
Quando visitou Tóquio em 1956, o secretário de Estado americano, John Foster Dulles, disse aos funcionários japoneses: "No passado, o Japão demonstrou a sua superioridade sobre os russos e sobre a China. Chegara a altura de o Japão voltar a pensar em ser e agir como uma Grande Potência" [2] … diversos tratados EUA-Japão de cooperação sobre segurança e defesa que, por exemplo, convidavam o Japão a integrar a sua tecnologia militar na dos EUA e da NATO… o fornecimento pelos EUA de novos aviões e porta-aviões militares sofisticados… todos os tipos de assistência logística japonesa aos EUA nas suas frequentes operações militares na Ásia… repetida pressão dos EUA sobre o Japão para aumentar o seu orçamento militar e a dimensão das suas forças armadas… mais de cem bases militares americanas no Japão, protegidas por forças armadas japonesas… exercícios militares conjuntos EUA-Japão e investigação conjunta sobre um sistema de defesa por mísseis… o embaixador americano no Japão, em 2001: "Penso que a realidade das circunstâncias no mundo vai levar os japoneses a repensar ou a redefinir o Artigo 9" [3] … sob pressão de Washington, o Japão enviou vários navios de guerra para o Oceano Indico para abastecer navios de guerra americanos e britânicos por altura da campanha no Afeganistão em 2002, depois enviou forças não combatentes para o Iraque para apoiar a guerra americana assim como para Timor Leste, outro cenário de guerra feito na América… o secretário de Estado Colin Powell, em 2004: "Se o Japão vai desempenhar um papel a sério na cena mundial e tornar-se um membro inteiramente participativo do Conselho de Segurança, e ter o tipo de obrigações que lhe competem como membro do Conselho de Segurança, o Artigo Nono terá que ser examinado a essa luz"… [4] Uma consequência ou um sintoma de tudo isto poderá ser visto talvez no processo de 2005 de Kimiko Nezu, uma professora japonesa de 54 anos, que foi castigada, sendo transferida de escola em escola, suspensa, sofrido cortes de salários e ameaças de despedimento por causa da sua recusa de se pôr de pé durante a execução do hino nacional, uma canção da II Guerra Mundial escolhida como hino em 1999.
Opôs-se à canção porque era a mesma que fora cantada quando o Exército Imperial saiu do Japão clamando por um "reinado eterno" do imperador. Em cerimónias de graduação em 2004, 198 professores recusaram-se a pôr-se de pé por causa da canção. No ano seguinte, depois de uma série de multas e de acções disciplinares, os únicos protestantes foram Nezu e mais nove professores. Depois disso, Nezu só foi autorizada a ensinar quando estiver presente outra professora. [5] O que nos leva à Itália, o restante membro dos três aliados da Segunda Guerra Mundial, ou Eixo. Uma parte do Artigo 11 da Constituição italiana de 1948 diz: "A Itália rejeita a guerra como meio de resolver controvérsias internacionais e como instrumento de agressão contra as liberdades de outros povos" [6] Mas Washington cedo reclamou a alma da Itália do pós-guerra. Em 1948 os Estados Unidos fizeram tudo pela campanha eleitoral italiana para garantir que os Democratas Cristãos (DC) derrotassem o candidato comunista-socialista. (E os EUA mantiveram-se uma força eleitoral em Itália durante os trinta anos seguintes mantendo a DC no poder.
Os Cristãos Democratas, por seu turno, foram leais aos seus parceiros da Guerra-Fria). [7] Em 1949, os EUA trataram de fazer com que a Itália fosse membro fundador da NATO. Isso não foi encarado como uma ameaça ao Artigo 11 porque a NATO sempre se apresentou como uma organização "defensiva", em 1999 quando efectuou o bombardeamento da Jugoslávia durante 78 dias enquanto a Itália e a Alemanha forneceram a aviação militar e uma base aérea da NATO em Aviano, a Itália funcionou como principal ponto de apoio para os ataques diários de bombardeamentos. Durante décadas, a Itália tem sido o abrigo de bases militares americanas e de aeroportos utilizados por Washington em aventuras militares, umas atrás de outras, desde a Europa até à Ásia.
Há actualmente uns 3 000 soldados italianos no Afeganistão executando uma série de serviços que possibilitam aos Estados Unidos e à NATO envolverem-se na sua guerra sangrenta. E também 15 soldados italianos já perderam a vida naquele país desgraçado. A pressão sobre a Itália dos seus camaradas da NATO, tal como sobre a Alemanha, para passarem a ser combatentes competentes no Afeganistão e noutros sítios é permanente. [8]
O Muro de Berlim – Mais um mito da Guerra-Fria
Dentro de poucas semanas é de esperar que muitos dos meios de comunicação ocidentais virem as suas máquinas de propaganda para comemorar o 20º aniversário da queda do Muro de Berlim, no dia 9 de Novembro de 1989. Serão exibidos todos os clichés da Guerra-Fria sobre O Mundo Livre vs a Tirania Comunista e será repetido o conto simples de como apareceu o muro: Em 1961, Berlim Leste, comunista, construiu um muro para impedir que os seus cidadãos oprimidos fugissem para Berlim Oeste e para a liberdade. Porquê? Porque os comunas não gostam que as pessoas sejam livres, conheçam a "verdade".
Que outra razão poderia haver? Primeiro que tudo, antes de o muro ser construído havia milhares de alemães de Leste que passavam para ocidente para ir trabalhar todos os dias e depois regressavam a Leste ao fim da tarde. Portanto, não estavam obviamente a ser presos no leste contra a sua vontade. O muro foi construído principalmente por duas razões:
1- O ocidente estava a prejudicar o Leste com uma vigorosa campanha de recrutamento de profissionais e trabalhadores especializados da Alemanha de Leste, que tinham sido educados à custa do governo comunista. Isto acabou por levar a uma grave crise de mão-de-obra e de produção no Leste. Referindo-se claramente a isto, o New York Times noticiou em 1963: "Berlim Oeste ressentiu-se economicamente do muro com a perda de cerca de 60 mil trabalhadores especializados que saíam diariamente das suas casas em Berlim Leste para os seus locais de trabalho em Berlim Oeste".
[9] 2- Durante os anos 50, os guerreiros-frios americanos na Alemanha Ocidental instituíram uma campanha feroz de sabotagem e subversão contra a Alemanha de Leste destinada a fazer descarrilar a maquinaria económica e administrativa deste país.
A CIA e outros serviços americanos de informações e militares recrutaram, equiparam, treinaram e financiaram grupos e indivíduos activistas alemães, do ocidente e do leste, para efectuarem acções que percorressem o espectro desde o terrorismo até à delinquência juvenil, tudo o que tornasse difícil a vida do povo da Alemanha de Leste e enfraquecesse o seu apoio ao governo, tudo o que denegrisse os comunas.
Foi um empreendimento fantástico. Os Estados Unidos e os seus agentes utilizaram explosivos, incêndios, curto-circuitos, e outros métodos para danificar centrais eléctricas, estaleiros, canais, docas, edifícios públicos, bombas de gasolina, transportes públicos, pontes, etc, fizeram descarrilar comboios de carga, ferindo gravemente trabalhadores; queimaram 12 carruagens de um comboio de carga e destruíram tubagem de ar comprimido de outros; utilizaram ácidos para danificar maquinaria fabril vital; puseram areia na turbina duma fábrica, fazendo-a paralisar; deitaram fogo a uma fábrica de telhas; promoveram greves de zelo em fábricas; mataram 7 000 vacas duma fábrica cooperativa de lacticínios através de envenenamento; acrescentaram sabão ao leite em pó destinado às escolas da Alemanha de Leste; estavam na posse, quando foram presos, duma grande quantidade do veneno cantárida
[NT1] que se destinava à produção de cigarros envenenados para matar importantes alemães de Leste; lançaram bombas de mau cheiro para interromper reuniões políticas; tentaram interromper o Festival Mundial da Juventude em Berlim Leste enviando convites falsificados, promessas falsas de alojamento e pensão grátis, notícias falsas de cancelamento, etc; efectuaram ataques aos participantes com explosivos, bombas incendiárias e equipamento de furar pneus; forjaram e distribuíram grande quantidade de senhas alimentares falsas para provocar a confusão, a escassez e a revolta, enviaram falsos avisos de impostos e outras orientações do governo e documentos para provocar a desorganização e a ineficácia na indústria e nos sindicatos… tudo isto e muito mais. [10] Durante os anos 50, os alemães de Leste e a União Soviética apresentaram queixas, repetidas vezes, aos antigos aliados dos soviéticos no ocidente e às Nações Unidas sobre actividades específicas de sabotagem e de espionagem e exigiram o encerramento dos gabinetes na Alemanha Ocidental que acusavam de serem responsáveis, e de que forneceram nomes e moradas. As suas queixas caíram em saco roto. Inevitavelmente, os alemães de Leste começaram a dificultar a entrada no país aos que provinham do ocidente. Não nos esqueçamos que a Europa de Leste se tornou comunista por causa de Hitler que, com a aprovação do ocidente, utilizou-a como a via rápida para chegar à União Soviética e varrer o bolchevismo para sempre. Depois da guerra, os soviéticos decidiram fechar essa via rápida.
Em 1999, o USA Today noticiava: "Quando caiu o Muro de Berlim, os alemães de Leste imaginaram uma vida de liberdade em que os bens de consumo fossem abundantes e terminassem as dificuldades. Dez anos depois, uns espantosos 51% dizem que eram mais felizes com o comunismo". [11]
Mais ou menos na mesma época, nasceu um novo provérbio russo: "Tudo o que os comunistas disseram sobre o comunismo era mentira, mas tudo o que disseram sobre o capitalismo era verdade".
Cuidados de saúde: ninguém repara no enorme elefante vermelho no meio da sala
Na procura frenética dos últimos meses de uma melhor forma de prestar cuidados de saúde ao povo americano, os meios de comunicação americanos têm discutido frequentemente os sistemas de cuidados de saúde de outros países, em especial da Europa. Normalmente, pouco ou nada se refere sobre o sistema de Cuba, em que toda a gente está coberta, em tudo, onde as condições pré-existentes não contam, e nenhum doente paga por coisa nenhuma; i.e., nada de nada.
Provavelmente, a razão por que o sistema cubano raras vezes é referido nos meios de comunicação de massas é porque é um tanto embaraçoso que aquele país pobre em quase tudo, que trabalha sob o terrível jugo do (gaguejo, suspiro) socialismo, consegue prestar cuidados de saúde com que a maioria dos americanos apenas pode sonhar. Agora temos um livro novo de T.R. Reid, antigo correspondente do Washington Post e comentador da Rádio Pública Nacional. Chama-se "The Healing of America: A Global Quest for Better, Cheaper, and Fairer Health Care" (A cura da América: Uma busca global para cuidados de saúde melhores, mais baratos e mais justos). Reid não hesita em dar algum crédito ao sistema cubano, mas certifica-se de que o leitor saiba que ele não foi apanhado por qualquer propaganda comuna. Refere-se ao governo de Cuba como um "feudo comunista totalitário" e acrescenta: "Em todos os países (excepto, talvez, num estado policial como Cuba) há um grupo de cidadãos que não está preso ao sistema de cuidados de saúde unificados: os ricos". [12]
Portanto, o facto de que Cuba tenha um sistema de cuidados de saúde igualitário é apresentado como uma coisa bastante negativa, uma coisa que só se pode esperar encontrar num estado polícial. Ao discutir o facto de a Organização Mundial de Saúde ter dado a Cuba uma nota alta pela justiça do seu sistema, Reid faz notar: "Claro, a justiça e o tratamento igual só chegam até aí; quando o próprio Fidel Castro adoeceu em 2007, voaram especialistas médicos da Europa para o tratar". [13] Aha! Eu já sabia! Os americanos, e não apenas os fanáticos da ala direita, nunca aceitariam um sistema médico em que alguém tivesse cuidados totalmente grátis para todas as doenças se o seu presidente alguma vez tivesse direito a qualquer tipo de tratamento especial. Acham que não? O melhor seria perguntar-lhes.
Por falar em fanáticos da ala direita, saiu uma notícia no New York Times que dizia: "Amanhã à noite, metendo-se mesmo no aceso da batalha", o presidente vai "transmitir a sua mensagem ao povo num discurso na televisão e rádio nacionais" lutando pela legislação da sua proposta de reforma da saúde, cujos oponentes etiquetaram de "medicina socializada" e "uma cunha de penetração para o governo federal se apoderar da medicina privada". O presidente era John F. Kennedy, o programa era a Medicare, a notícia do Times foi publicada em 20 de Maio de 1962. Apesar do discurso, a tentativa fracassou até à sua aprovação em 1964. [14] E por falar da ditadura do estado polícial cubano, totalitário, comunista, socialista, fascista, Reid e outros poderiam ter interesse num artigo que escrevi o qual demonstra que durante o período da sua revolução, Cuba obteve um dos melhores registos de direitos humanos de toda a América Latina.
Mas como ultrapassar todo um passado de condicionamentos e atingir os espíritos americanos com esta mensagem? Numa recente convenção da AFL-CIO, a principal organização laboral do país, apareceu uma resolução muito progressista exigindo o direito de todos os americanos poderem viajar para Cuba e acabar com o embargo dos EUA contra aquele país ilha. Mas, no final, a resolução e os seus autores faziam-nos lembrar que há americanos que exigem que Cuba "liberte todos os prisioneiros políticos". [15] Para apreciar o que está errado nesta resolução é preciso entender o seguinte: Os Estados Unidos estão para o governo de Cuba como a al Qaeda está para Washington, só que são muito mais poderosos e estão muito mais perto. Desde a revolução cubana, os Estados Unidos e os exilados cubanos anti-Castro nos EUA têm infligido a Cuba prejuízos enormes e maior perda de vidas do que aconteceu em Nova Iorque e Washington em 11 de Setembro de 2001.
Os dissidentes cubanos normalmente têm mantido ligações políticas e financeiras muito estreitas, íntimas mesmo, com funcionários do governo americano, em especial em Havana através da Secção de Interesses dos Estados Unidos. Será que o governo americano ignora que um grupo de americanos recebe fundos da al Qaeda e/ou se envolve em repetidas reuniões com conhecidos líderes daquela organização? Nos últimos anos, o governo americano prendeu muita gente nos EUA e no estrangeiro apenas com base em alegadas ligações à al Qaeda, com muito menos provas do que Cuba tem tido quanto às ligações dos seus dissidentes aos Estados Unidos, provas recolhidas por agentes duplos cubanos. Na prática, todos os "prisioneiros políticos" de Cuba são os tais dissidentes.
29/Setembro/2009
Notas:
1- Der Spiegel (Germany), November 20, 2006, p.24
2- Los Angeles Times, September 23, 1994
3- Washington Post, July 18, 2001
4- BBC, August 14, 2004
5- Washington Post, August 30, 2005
7- William Blum, "Killing Hope", chapters 2 and 18
8- Para uma discussão mais aprofundada da oposição dos EUA ao pacifismo do Eixo pós II Guerra Mundial, ver " Former Axis Nations Abandon Post-World War II Military Restrictions "
9- New York Times, June 27, 1963, p.12
10- Ver Killing Hope, p.400, note 8, para uma lista de fontes para os pormenores da sabotagem e da subversão.
11- USA Today, October 11, 1999, p.1
12- p.234 do livro de Reid
13- Ibid., p.150-1
14- Washington Post, September 9, 2009
15- PDF da resolução NT 1- Cantárida: tipo de terpenóide, que é um composto químico venenoso segregado por certas espécies de insectos, nomeadamente a "mosca espanhola", Lytta vesicatoria.

Ver também
Background to the Kunduz airstrike of 4 September 2009


List of suspected civilian casualties in Kunduz airstrike of September 4 2009



[*] Autor de numerosas obras, como La CIA Una Historia Negra/ Killing Hope: Intervenciones de La CIA desde la segunda guerra mundial/ U.S. Military and CIA Interventions Since World War II e Les Guerres scélérates

O original encontra-se em http://killinghope.org/bblum6/aer74.html . Tradução de Margarida Ferreira.

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

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